COP 30 e o futuro da Agenda ESG: o que as empresas precisam antecipar agora

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COP 30 e o futuro da Agenda ESG: o que as empresas precisam antecipar agora
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COP 30 e o futuro da Agenda ESG: o que as empresas precisam antecipar agora.

 

Este mês, entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, o Brasil será o centro das atenções globais ao sediar a COP 30, em Belém no Pará. Esse evento — a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) — promete ser um marco histórico na diplomacia climática e nas estratégias de sustentabilidade mundial.

Mais do que uma reunião de líderes mundiais, a COP 30 será um divisor de águas para o mercado corporativo, acelerando mudanças profundas na forma como negócios integram práticas da Agenda ESG (Environmental, Social and Governance) em suas estratégias.

 

Descarbonização e transição energética

 O debate sobre a neutralidade climática até 2050 deve se intensificar nos próximos anos, e a COP 30 será um momento decisivo para avaliar os compromissos assumidos no Acordo de Paris. Espera-se que o evento traga mecanismos mais rigorosos de precificação e regulação de emissões, reforçando a responsabilidade de países e empresas na transição para uma economia de baixo carbono.

Entre os temas centrais da conferência está a transição energética justa, que busca reduzir o uso de combustíveis fósseis e ampliar a participação das energias renováveis de forma equilibrada e inclusiva. Para as empresas brasileiras, isso significa investir em inovação, eficiência e capacitação, ajustando operações e relatórios ESG às novas exigências globais de sustentabilidade.

O Brasil vem avançando nesse campo, especialmente com a criação da Lei nº 15.042/2024, que instituiu o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de GEE (SBCE) — um marco regulatório que permitirá limitar e negociar emissões de gases de efeito estufa. Essa medida posiciona o país de forma estratégica na agenda climática internacional.

Empresas sem inventários de GEE, metas de redução e relatórios de progresso correm o risco de perder espaço no mercado. A gestão de carbono torna-se agora uma exigência estratégica, exigindo relato transparente (escopos 1, 2 e 3) e planos consistentes de descarbonização baseados em eficiência, inovação e uso de energias renováveis.

Justiça climática e impactos sociais da transição

Outro ponto forte será o debate sobre inclusão social e transição justa. A COP 30 deve ampliar a atenção a temas como geração de empregos verdes, valorização de comunidades tradicionais e financiamento climático para o Sul Global.

Empresas que adotarem práticas genuinamente inclusivas — apoiando capacitação, diversidade e respeito aos direitos humanos — estarão mais bem posicionadas para atender critérios ESG e atrair investidores responsáveis.

Governança e transparência climática

A tendência é de avanço nas normas internacionais de reporte de sustentabilidade, como as diretrizes do ISSB (International Sustainability Standards Board).

Esses avanços se destacam no Brasil, que será o primeiro país do mundo a adotar, de forma obrigatória, as normas IFRS S1 e S2 para todas as companhias de capital aberto, conforme a recente alteração da Resolução CVM nº 227/2025.

Essas estruturas tornarão o relato de riscos e oportunidades climáticas obrigatório em muitas jurisdições, impactando inclusive empresas de médio porte.
Assim, a governança ESG precisará evoluir, incorporando métricas confiáveis, auditorias e rastreabilidade de dados, reforçando o papel estratégico dos conselhos e lideranças empresariais.

Como as empresas podem se preparar

A proximidade da COP 30 exige das organizações ação imediata. Antecipar-se às novas exigências é essencial para garantir conformidade, reputação e acesso a capital sustentável.

Alguns passos fundamentais incluem:

  • Revisar e aprimorar o inventário de emissões de GEE;
  • Estabelecer metas de redução e neutralização de carbono;
  • Integrar a gestão de riscos climáticos à governança corporativa;
  • Fortalecer políticas de diversidade, transparência e impacto social;
  • Investir em relatórios ESG consistentes e auditáveis.

Contar com consultoria especializada faz toda a diferença nesse processo. Uma assessoria técnica e estratégica permite alinhar as práticas ESG às tendências globais, atender exigências regulatórias e transformar desafios climáticos em vantagens competitivas e oportunidades de inovação.

Conclusão

A COP 30 será um marco na consolidação da Agenda ESG como eixo estruturante do desenvolvimento econômico global.

Para empreendedores e empresas brasileiras, o evento representa um convite à transformação — não apenas para cumprir compromissos, mas para liderar a transição rumo a um modelo de negócios mais responsável, rentável e resiliente.
Estar preparado agora é o caminho para crescer de forma sustentável no futuro que se aproxima.

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